
Tão silenciosa quanto o diabetes, a retinopatia diabética é
a principal causa de cegueira definitiva no mundo. No Brasil, estima-se que 13
milhões de pessoas sofrem com a baixa taxa de insulina no sangue e, em cerca de
30% dos casos, o distúrbio metabólico evolui para um quadro de perda de visão.
A boa notícia é que o simples hábito de frequentar o oftalmologista pode
preservar a visão do paciente diabético.
A retinopatia afeta a retina, a camada mais interna do olho,
que é responsável por transformar as imagens que enxergamos em impulsos
elétricos que são levados ao nosso cérebro. A doença consiste no
comprometimento dos vasos sanguíneos dessa parte dos olhos, provocando
alterações da microcirculação, com micro-hemorragias e microaneurismas. “A
complicação surge silenciosamente, a maior parte das pessoas não apresenta
sintomas até mesmo com a doença muito avançada. Sendo assim, a melhor maneira
de diminuir os riscos da perda de visão é procurar um médico oftalmologista
assim que o diabetes é diagnosticado”, orienta o Dr. José Lucas de Souza Filho,
chefe do Departamento de Retina do H.Olhos – Hospital de Olhos Paulista.
O diagnóstico é feito a partir do exame de mapeamento de
retina, também conhecido como exame de fundo de olho, e quanto mais cedo isso
acontece, maiores são as chances do paciente manter a qualidade de sua visão ao
longo da vida. Outras doenças que também estão entre as principais causas de
cegueira adquirida e podem ser desenvolvidas em diabéticos são o glaucoma e a
catarata. “O mais importante é a prevenção. Recomendamos consultas anuais para
os casos em que o diabetes está controlado. Já em situações em que a doença
apresente descontrole, o ideal é que o paciente visite o médico oftalmologista
a cada seis meses para o monitoramento”, afirma o Dr. José Lucas.
Tratamento
Quando identificada a retinopatia diabética, primeiramente,
o paciente deve manter o índice glicêmico monitorado para não agravar o quadro.
No diagnóstico precoce, o tratamento com fotocoagulação a laser, pode
solucionar o problema de forma permanente. No entanto, há casos que podem
necessitar de tratamento com injeções que são aplicadas no globo ocular ou,
ainda a alternativa de cirurgia, usada para remover tecidos e/ou hemorragias
formados pela retinopatia em casos mais avançados.
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